sábado, 16 de agosto de 2008

picão-preto

Em busca da cura do câncer
No laboratório, os pesquisadores tentam decifrar os segredos de uma planta. Eles já sabem que o líquido verde extraído das folhas tem um enorme potencial de cura. É o picão-preto, uma planta que tem três espécies diferentes. Duas delas já são bem conhecidas no Brasil. São pragas que infestam as plantações de soja e resistem a doses cavalares de veneno.
"Com 16 vezes a concentração de herbicida, elas não morrem", conta a bióloga e pesquisadora Maria Tereza Grombone.
A terceira espécie, parecida com uma margarida, é a que está sendo pesquisada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): Bidens alba, um picão-preto que foi encontrado bem longe das lavouras de soja, em uma faixa do litoral de São Paulo. Uma novidade para os pesquisadores.
"Os relatos da existência dessa planta são da região do México. Eu acredito que provavelmente ela esteja chegando ao litoral por intermédio de navios", diz Maria Tereza Grombone.
Nos primeiros estudos feitos com animais, o Bidens alba se revelou poderoso. Protege as paredes do estômago e evita o aparecimento de úlceras. Esse poder de regeneração deixou os cientistas ainda mais curiosos: a planta seria capaz de atacar células com tumores?
Os pesquisadores ficaram surpresos com o resultado do primeiro teste. O extrato feito da planta eliminou as células doentes de cinco tipos de leucemia e de outros três tipos de câncer: próstata, ovário e mama. Mas essa descoberta não significa que o novo medicamento vá estar disponível no mercado tão cedo. É só o começo de uma longa caminhada. Os cientistas vão precisar de pelo menos mais dez anos de muito trabalho.
Esta parte da pesquisa foi feita apenas com células em laboratório. O desafio agora é descobrir qual substância – das 73 existentes no Bidens alba – é capaz de atacar as células com tumores. Para este trabalho, os cientistas têm a ajuda de um robô. Ele consegue testar dezenas de substâncias ao mesmo tempo.
"Pesquisar novas drogas é achar uma agulha no palheiro, mas nós estamos procurando", diz o pesquisador farmacêutico Gilberto Franchi, da Unicamp.
A procura já deu uma boa pista: o teste inicial revelou que o extrato do picão-preto pode ser menos tóxico. Ele foi eficiente contra as células com tumor, mas menos agressivo com as células sadias.
"Existem muitos remédios que são extremamente efetivos, mas são extremamente tóxicos. Então, ter um novo agente natural que pode ser bem seletivo e pouco tóxico é uma coisa desejada, e a ciência deve procurar isso", diz o médico Alexandre Nowill, coordenador da pesquisa da Unicamp.
Mas atenção: não há chance de a planta fazer efeito se for consumida como chá.
"Eu recomendo fortemente que ninguém tome chá de Bidens alguma, porque existem muitos produtos químicos dentro desta planta. Se uma pessoa tomar o chá dessa planta, ela pode se intoxicar", alerta Gilberto Franchi.
Se tudo der certo, os testes em animais devem começar em quatro anos. Os pesquisadores consideram os estudos, sem dúvida, promissores.
"Nosso sonho é ter um medicamento que cure o câncer com eficiência e que seja barato. Um medicamento que possa ser distribuído facilmente para os hospitais oncológicos", revela Gilberto Franchi.
"Não digo que é uma grande descoberta. A Bidens alba é uma grande esperança. Vamos ver se ela se torna uma realidade", finaliza Alexandre Nowill.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

CURIOSIDADES

CURIOSIDADES

Plantas Medicinais
O uso de plantas medicinais pelo homem, para alívio de seus males, remonta desde a Grécia e Roma antiga. Apesar de o homem abandonar progressivamente o campo, perdendo contato direto com as plantas nativas e desaprendendo sua importância e propriedades, atualmente 75% da população mundial ainda utiliza plantas medicinais para o tratamento de diversas enfermidades.As doenças resultam do desequilíbrio entre o homem e o ambiente. As plantas medicinais podem conter princípios terapêuticos que contribuirão para a recuperação da condição de equilíbrio. Embora cerca de 250 mil espécies vegetais sejam fonte de drogas para a população mundial, apenas algumas centenas são de uso corrente.Neste folheto procurou-se relacionar algumas plantas medicinais de uso comum pela população brasileira e paranaense no tratamento de determinadas doenças, com indicações básicas para uso e cultivo.As informações de cultivo, relatadas, são resultados de 15 anos de pesquisa do IAPAR com plantas medicinais. As recomendações de uso basearam-se na literatura e em estudos do Departamento de Farmácia da UEL. As indicações terapêuticas, entretanto, não dispensam o uso de outras fontes de orientação para utilização de plantas medicinais, principalmente quanto aos usos e aplicações na saúde humana. Neste caso, a supervisão de um profissional de saúde torna o uso da fitoterapia uma prática totalmente segura.Neste trabalho não se pretendeu esgotar todas as possibilidades de uso das plantas medicinais, ao contrário, procurou-se citar algumas cujo conhecimento popular as consagrou e aquelas adaptadas às condições do Estado do Paraná, de cultivo fácil e acessíveis à população em geral.
Plantas Medicinais - Informações de Cultivo
As plantas medicinais, como qualquer outra planta, produzem melhor quando recebem suprimento de água e nutrição adequados. Algumas espécies como babosa, boldo baiano, carqueja, confrei e o sabugueiro são pouco exigentes em água; outras como alfavaca, calêndula, guaco, mil-folhas, poejo e sálvia são mais exigentes. Quanto à nutrição, em geral, um solo com bom teor de matéria orgânica é o ideal. Neste caso, devem-se utilizar estercos curtidos de animais, adubação verde ou outro material orgânico, na proporção de 2kg por m2 de canteiro.Certas espécies não toleram solos ácidos: bálsamo, calêndula, confrei, mil-folhas, menta, poejo e sálvia, necessitando que seja feita a calagem (adição de calcário em dose adequada) para corrigir a acidez e permitir o desenvolvimento satisfatório dessas espécies.As espécies aqui citadas desenvolvem-se melhor durante o verão, com exceção da

boldo-baiano

O boldo-baiano, assa-peixe ou alumã(Vernonia condensata Baker; Asteraceae) é uma das plantas mais cultivadas em jardins e hortas brasileiros. A sua origem é africana, tendo sido trazido com os escravos desde a época colonial.
As suas
folhas são utilizadas pela medicina popular sob a forma de chás ou sucos, no tratamento da azia, da indisposição gástrica, no controle da gastrite, contra a ressaca e como um tônico amargo, estimulante da digestão e do apetite.
Pode produzir irritação da
mucosa do estômago, se utilizado em doses elevadas.

Alecrim

O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus[1]. No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus[1]. No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor (Rosmarinus officinalis) é um
arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o
rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus[1]. No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor

Um pouco de plantas Medicionais

Planta medicinal é uma planta que contém substâncias bio-ativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas. Muitas destas plantas são venenosas ou pelo menos levemente tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Existe um grande número de espécies em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) e suas propriedades são estudadas nos laboratórios das empresas farmacêuticas, a fim de isolar as substâncias que lhes conferem propriedades medicinais (princípio ativo) e assim, produzir novos fármacos.